Aquecimento global é pior do que se calculava, dizem cientistas
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Do TAB
No mesmo dia em que capital paulista foi escura em pleno dia, um artigo na revista Scientific American revelou que a situação do aquecimento global é pior do que se imagina.
Os pesquisadores Naomi Oreskes (Universidade de Harvard), Michael Oppenheimer (Universidade de Princeton) e Dale Jamieson (Universidade de Nova York) afirmam que a gravidade do aquecimento global tem sido subestimada até pelos cientistas e os cálculos sobre o problema ambiental são, em geral, conservadores.
A situação tende a ser pior do que o divulgado pela comunidade científica, conforme apresentam em seu novo livro “Discerning Experts” (“Avaliando Especialistas”, em tradução livre).
Atualizações recentes, sugerindo que as mudanças climáticas e seus impactos estão acontecendo mais rápido do que os cientistas pensavam, são consistentes com observações que nós e outros colegas fizemos ao identificar um padrão de subestimar certos indicadores do clima.
Ontem, os paulistanos se assustaram quando um corredor de fumaça proveniente das queimadas na Amazônia, misturado com a frente fria que atingiu o estado de São Paulo, não só deixou o dia cinzento como serviu de símbolo e alerta sobre as mudanças climáticas causadas pelo homem.
Segundo o trio de estudiosos, há um viés sistemático em subestimar derretimento das geleiras, elevação do nível do mar e temperatura do planeta. Por quê? Por três motivos.
Primeiro porque “céticos e negacionistas do clima normalmente acusaram cientistas de exagerar no assunto das mudanças climáticas, embora as evidências mostrem que eles não só não exageravam como subestimavam”, afirmam.
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Outro fator que colabora com o problema é a necessidade de chegar a um consenso pacífico. Para não passar uma mensagem incerta à sociedade e poder pressionar pessoas públicas, cientistas preferem deixar resultados muito diferentes de lado. Isso os leva a serem conservadores nas divulgações.
Por fim, os pesquisadores também apontam uma cultura acadêmica que tende mais a perdoar o erro de quem subestima um dado do que o erro de quem superestima. Por isso, com medo de ficaram marcados na comunidade, os cientistas preferem arriscar pouco.
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