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Terra está ‘morrendo’ rápido demais, indicam pesquisadores

Extinções em massa, crises de saúde e constantes rupturas sociais. Apesar de esse já ser um cenário familiar para cerca de 7,5 bilhões de pessoas espalhadas pelo globo, o futuro tende a trazer eventos catastróficos ainda mais acentuados se líderes mundiais não começarem a cuidar do meio ambiente com seriedade. Isso é o que indica um time de 17 cientistas de 3 países (Estados Unidos, México e Austrália) em artigo publicado na Frontiers in Conservation Science em 13 de janeiro. A Terra, ressaltam, está “morrendo” rápido demais.

Os responsáveis pelas projeções descrevem os três pilares que mais ameaçam a vida por aqui: perturbação climática, declínio da biodiversidade e consumo excessivo aliado à superpopulação. De acordo com eles, tais fatores deixarão nosso planeta em uma posição mais precária do que nós podemos imaginar, já que tendem a estar cada vez mais presentes em nosso dia a dia, colocando em risco a raça humana. Para embasar suas perspectivas, reuniram mais de 150 pesquisas a respeito do assunto.

De todo modo, segundo eles, o levantamento não se trata de uma repreensão a cidadãos comuns, mas da descrição detalhada dos perigos com os quais teremos de lidar. Dessa maneira, espera-se que ações capazes de atenuar o que está por vir serão incluídas em projetos de líderes políticos, por exemplo – caso se disponham a tentar reverter o quadro nada promissor.

“Não é um chamado à rendição. Nosso objetivo é dar um ‘banho de água fria’ em líderes quanto ao estado do planeta, algo essencial para o planejamento dedicado à prevenção de um futuro medonho”, eles reforçaram.

Humanos correm perigo pelas próprias ações.
Humanos correm perigo pelas próprias ações.

Riscos mortais

Para dar uma “cara” ao que nos espera, inicialmente, o grupo cita que a natureza será muito mais solitária. Cerca de 50% das plantas terrestres e 20% da biodiversidade animal desapareceram da superfície desde o início da agricultura, há 11 mil anos. Caso tendências atuais se mantenham em seus cursos, cerca de 1 milhão das 7 a 10 milhões de espécies vegetais e animais da Terra podem estar em risco de extinção em breve, perturbando, inclusive, os principais ecossistemas existentes.

O resultado? Menos insetos para polinizar plantas, menos plantas para filtrar ar, água, solo e menos florestas para proteger assentamentos humanos de inundações e outros desastres naturais. Junte a equações secas mais frequentes e à elevação do nível do mar, chegando a 1 bilhão de pessoas se tornando refugiados do clima até o ano 2050.

Pensa que acaba por aí? Calma que tem mais. “Em 2050, a população mundial provavelmente crescerá para 9,9 bilhões de pessoas”, complementam os autores, o que agravaria a insegurança alimentar e habitacional, o desemprego, a superlotação e a desigualdade, aumentando as chances de pandemias, como a da covid-19.

À medida que invadimos espaços selvagens, eleva-se o risco de surgimento de novas doenças zoonóticas mortais.

Desastres naturais mais acentuados são apenas algumas das consequências, projetam cientistas.
Desastres naturais mais acentuados são apenas algumas das consequências, projetam cientistas.

Aquilo que deve ser nomeado

Ainda segundo a equipe, não estamos aprendendo muito com as experiências pelas quais estamos passando. As metas de aquecimento global estabelecidas pelo Acordo de Paris já foram ultrapassadas; além disso, atualmente, estamos no caminho certo para habitar um mundo que é 2,3 graus Celsius mais quente do que a média das temperaturas globais na era pré-industrial. Países também falharam em cumprir objetivos básicos de biodiversidade estabelecidos pela ONU em 2010.

“Se a maioria da população mundial realmente entendeu e apreciou a magnitude das crises que resumimos aqui – e a inevitabilidade da piora das condições –, seria lógico que se esperasse mudanças positivas nas políticas para tratar a gravidade das ameaças existenciais. Entretanto, o oposto está acontecendo”, lamentam.

Felizmente, nada está totalmente perdido, defendem. Além de sugerirem medidas como a abolição de crescimento econômico a qualquer custo e o rápido abandono do uso de combustíveis fósseis, dizem que o primeiro passo é a educação. “É responsabilidade dos especialistas em qualquer disciplina que lida com o futuro da biosfera e do bem-estar humano dizer como as coisas são e não suavizar os enormes desafios à frente”, eles afirmaram. “Qualquer outra ação é enganosa, na melhor das hipóteses. Na pior delas, letal para a humanidade”, finalizaram.

Por Tecmundo

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