Tamar comemora a vida de 40 milhões de tartarugas nas praias brasileiras
As últimas quatro décadas de trabalho pela conservação das tartarugas marinhas resultaram em um marco histórico protagonizado por toda a sociedade brasileira: 40 milhões de tartarugas, entre filhotes, juvenis e adultas, nasceram e/ou foram recuperadas no nosso litoral e ganharam os mares. Para celebrar o feito, o Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar realiza uma série de ações em suas bases com destaque para as apresentações musicais, nos dias 13 e 14 de dezembro, nas sedes do projeto localizadas em Praia de Forte (BA), Aracaju (SE) e Ubatuba (SP).
Entre as atrações já confirmadas estão a banda Tamarear, com participação da cantora Taís Nader, e o compositor e arranjador João Donato, que fará uma apresentação exclusiva na Praia do Forte (BA). Em Ubatuba (SP), a atração principal será o cantor e compositor Arnaldo Antunes. Já em Aracaju (SE), a banda local The Baggios fará a apresentação principal no palco do Oceanário do Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar.
Segundo os fundadores do Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar, Guy e Neca Marcovaldi, o marco histórico só foi atingido em razão do engajamento das comunidades costeiras. “Esses animais deixaram de ser utilizados para consumo e passaram a ser queridos e admirados, graças à conscientização das pessoas sobre a importância de preservá-los”, destaca Guy Marcovaldi.
O trabalho do Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar trouxe informações que contribuíram para fortalecer a consciência socioambiental das comunidades locais e contagiou todo o Brasil. O apoio da sociedade, dos governos que passaram durante essas quatro décadas, de diversas instituições parceiras e da Petrobras, que patrocina o Projeto desde 1982, também é fundamental para o alcance desses resultados.
Esse resultado de preservação das cinco espécies de tartarugas está associado à recuperação de importantes áreas de desova. Algumas praias da Bahia que ainda não tinham sido associadas à preferência das tartarugas-oliva, por exemplo, hoje também registram grande aumento do número de ninhos e a expansão do período de reprodução. Os nascimentos de filhotes que antigamente eram registrados apenas entre quatro e seis meses já são observados ao longo de todo o ano.
Mergulhadores de diversas idades e profissões, testemunham essa mudança:
“Surfo há 10 anos na Praia do Forte e vejo muito mais tartarugas
no mar do que antigamente. Elas estão muito mais mansas! Sempre aparecem
ao meu lado e não parecem ter medo”.
Dan Freeman, 38, empresário
“Moro em Copacabana desde os meus 14 anos. Costumo praticar stand
up paddle. Quando mergulho, fico impressionado com a quantidade de
tartarugas marinhas… não me lembro de ver tantas tartarugas marinhas no
Posto 6 como agora”.
Mauricio Prochnik, 62, arquiteto
“Sou mergulhador há 20 anos e durante todo esse tempo é notável
que as tartarugas marinhas ficaram menos assustadas. Faço em média 15
viagens por ano para mergulhar. O Brasil é o país onde consigo me
aproximar mais das tartarugas; é o país onde vejo tartarugas em maior
quantidade!”
Diego Santiago, 38, mergulhador profissional
“Surfo desde os 8 anos e nunca tinha visto tartarugas marinhas
enquanto surfava na minha infância. Hoje em dia, vejo muitas. Tão
mansas, a ponto de poder tocálas”.
Daniel Cady, 34, nutricionista e surfista
Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar
O Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar começou em 1980 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Ele executa a maior parte das ações descritas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)/Ministério do Meio Ambiente (MMA). A Petrobras é a patrocinadora oficial do Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Trabalha na pesquisa científica, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no país, todas ameaçadas de extinção:
- tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)
- tartaruga-verde (Chelonia mydas)
- tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea)
- tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea)
As ações do projeto também contribuem para proteger cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 26 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
O Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar integra a Rede de Biodiversidade Marinha (Rede Biomar) junto com os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Meros do Brasil. Todos esses projetos patrocinados pela Petrobras atuam de forma complementar na conservação da biodiversidade marinha no Brasil integrando pesquisa cientifica sobre espécies e ambientes a elas associados, relacionamento com comunidades e educação ambiental.
O Projeto Tamar/Fundação Pró-Tamar convida toda a sociedade brasileira para soltar a tartaruga marinha que simboliza a marca 40 milhões em suas bases. No Ceará, por exemplo, será na sexta-feira (13), 8h30, na Praia de Almofala, no Litoral Oeste.
#Envolverde
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