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Pará concentra quase metade do desmatamento na Amazônia durante a temporada 2019/2020

Dos nove estados que formam a Amazônia Legal brasileira, o Pará registrou quase metade de todo o desmatamento verificado entre agosto de 2019 e julho de 2020, de acordo com dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A Amazônia Legal teve 11.088 km² desmatados. É a maior área desde 2008, quando o Prodes apontou 12.911 km².

Na atual temporada, o Pará concentrou 5.192 km², o equivalente a mais de 46% do total. Em seguida aparecem os estados do Mato Grosso, com 1.767 km², e do Amazonas , com 1.521 km².

O Pará também registrou o maior aumento de desmatamento em comparação com a temporada anterior (2018/2019), aumentando em 34,4% sua área desmatada em 2020.

  1. Pará, 5,192 km² (46%)
  2. Mato Grosso, 1,767 km² (15,9%)
  3. Amazonas, com 1,521 km² (13,7%)

De acordo com o Inpe, a taxa de desmatamento deste ano na Amazônia representa um aumento de 9,5% em relação ao período anterior (agosto de 2018 a julho de 2019), que registrou 10.129 km² de área desmatada.

Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais. Ele é diferente do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que mostra os alertas mensais e já sinalizava tendência de aumento.

O Prodes considera o intervalo entre agosto e julho porque o período abrange tanto as épocas de chuva quanto as de seca na região amazônica. Desse modo, leva em conta os momentos mais cruciais no “ciclo do desmatamento” e é capaz de identificar eventuais influências do clima.

O levantamento do Prodes é realizado desde 1988. A informação publicada nesta segunda ainda é preliminar: como em edições anteriores, o Inpe revisará o dado no primeiro semestre do ano seguinte, para chegar à taxa consolidada.

O Prodes faz o mapeamento com imagens dos satélites Landsat, CBERS e ResourceSat. O sistema consegue quantificar as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. Também registra o chamado “corte raso” das florestas, que é a remoção completa da cobertura florestal primária.

O pico do desmate ocorreu em 1995, 29.059 km², em período que abrange os governos Itamar Franco e Fernando Henrique, sendo que o número caiu para 13,2 mil km² em 1998.

Já em 2004 (agosto/2003 – julho/2004) novamente a área passou dos 20 mil km², chegando ao total de 27,7 mil km².

À época sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, o governo lançou um plano de ação que incluiu a criação do Deter. Na visão dos especialistas, as medidas foram essenciais para a trajetória de queda nos anos seguintes, chegando ao menor número em 2012, com cerca de 4,5 mil km² desmatados.

Por G1

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