Área com alerta de desmatamento na Amazônia sobe 85% em 2019 ante 2018, segundo o Inpe
A área com alertas de desmatamento na Amazônia Legal em 2019 aumentou 85,3% na comparação com o ano de 2018. Os dados foram registrados pelo sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Divulgados publicamente pela plataforma Terra Brasilis, os dados mostram que, de janeiro a dezembro do ano passado, a área com alertas chegou a 9.165,6 km². Já em 2018, o número foi de 4.946,37 km².
Os alertas diários são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Já os dados oficiais são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). Essas informações apontaram que a área desmatada na Amazônia Legal foi de 10.311,36 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019.
Os dados de 2019 são os mais elevados dos últimos cinco anos:
Os meses de maio, julho, agosto, setembro e novembro de 2019 tiveram as maiores taxas de desmate desde 2015.
Entretanto, os dados do Deter costumam ser analisados em períodos mais longos, de alguns meses, pelo menos, especialmente para comparações anuais. Evitam-se comparações mês a mês porque o clima pode variar muito de um ano para outro. A presença de nuvens, por exemplo, limita a visibilidade dos satélites.
Desmatamento nos principais estados
Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia são os estados da Amazônia Legal que mais tiveram registros de alertas de desmatamento em 2019, conforme a área identificada pelo Deter:
Aumento da área com alertas por estado
Estado | 2018 | 2019 | Elevação |
Pará | 1.684,69 km² | 3.716,15 km² | 120,58% |
Mato Grosso | 1.092,89 km² | 1.919,55 km² | 75,64% |
Amazonas | 835,24 km² | 1.354,06 km² | 62,18% |
Rondônia | 815,56 km² | 1.342,38 km² | 64,59% |
Fonte: Deter/Inpe
O G1 entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente para comentar os dados do Deter, mas ainda não obteve resposta.
Por G1
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