Amazônia tem o maior desmatamento para o mês de abril em uma década, diz Imazon
O desmatamento da Amazônia em abril atingiu 778 km², o maior valor para um mês de abril registrado nos últimos dez anos, segundo monitoramento extraoficial feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
O valor também é 45% maior que o desmatamento registrado em abril de 2020, quando 536 km² de floresta amazônica foram devastados. O desmatamento amazônico também bateu recorde histórico em março, quando o Imazon registrou 810 km² de floresta devastado.
“Em Lábrea e Apuí, no Amazonas, municípios que lideram o ranking dos 10 que mais desmataram, houve perda de 126 km2 de floresta, o que representa quase 60% de todo o desmatamento do Estado detectado em abril.” – Imazon
Os dados do governo federal, que usam outra metodologia e apontam as áreas sob alerta de desmatamento, também classificaram o mês de abril como o pior da série histórica.
Os dados do governo são processados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe. Para o Deter, a área sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal em abril foi a maior para o mês desde 2016: 581km² até o dia 29, segundo medição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É o segundo mês consecutivo em que os índices batem recordes históricos mensais.
Os dados do Imazon apontam ainda o total de “florestas degradadas” na Amazônia Legal, que somaram 99 km² em abril, o que representa um aumento de 60% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando a degradação detectada foi de 62 km². O estado do Mato Grosso concentra 75% da área de floresta degradada, seguido pelo Pará (24%) e Roraima (1%).
“O Imazon classifica o desmatamento como o processo de realização do corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira”, explica o instituto.
Por G1
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