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Amazônia tem aumento de 24% nos alertas de desmatamento no primeiro semestre de 2020, indica Imazon

A Amazônia teve um aumento de 24% nos alertas de desmatamento medidos pelo sistema do Imazon no primeiro semestre de 2020, se comparado ao mesmo período de 2019.

São 2.544 km² com sinais de desmatamento, o segundo maior valor acumulado em um semestre desde 2010, de acordo com a entidade. Em junho, a Amazônia perdeu 822 km² de floresta, uma área equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de Belo Horizonte.

O número se aproxima à análise de dados do governo, divulgada pelo G1 na sexta-feira (10), mas há diferenças devido à metodologia (leia mais abaixo).

Estados e municípios

Entre os estados, o Pará foi o que mais desmatou a Amazônia, com 43% do total.

De acordo com o Imazon, , dez municípios foram responsáveis por metade de todo o desmatamento na Amazônia em junho. Pela ordem, são: Altamira (PA), Porto Velho (RO), Novo Progresso (PA) e Itaituba (PA).

Alertas de desmatamento na Amazônia, por estado Pará lidera, com 43% dos alertas no primeiro semestre de 2020. Pará: 43 %Amazonas: 21 %Mato Grosso: 14 %Rondônia: 14 %Acre: 7 %Roraima: 1 %Pará
43 %
Fonte: Imazon

Como o Imazon mede o desmatamento

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon foi criado em 2008. Ele se baseia em imagens de satélites para captar a mudança do uso do solo. Com isso, afirma o Imazon, é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare, mesmo sob condição de nuvens.

O sistema de alertas do governo, chamado de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), usa imagens de satélite de 6 hectares.

As imagens são captadas e analisadas pela ferramenta de monitoramento do instituto. O Imazon afirma que, atualmente, o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.

Sistemas de monitoramento da Amazônia têm objetivos e metodologias diferentes — Foto: Juliane Souza/G1

Sistemas de monitoramento da Amazônia têm objetivos e metodologias diferentes — Foto: Juliane Souza/G1

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