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Projeto Tamar devolve tartaruga ameaçada de extinção ao mar no litoral do Ceará; ação celebra marca de 40 milhões de animais protegidos

Uma tartaruga ameaçada de extinção foi devolvida ao mar nesta sexta-feira (13), no município de Itarema, no Ceará, durante uma ação do Projeto Tamar que celebra a marca de 40 milhões de animais soltos em habitat natural pela organização. A soltura aconteceu na Praia de Almofala.

Fundado em 1980, o Projeto Tamar promove a recuperação e a liberação de tartarugas nos locais de desova e áreas de alimentação das espécies. O animal solto nesta sexta é da espécie ameaçada de extinção Tartaruga-de-Pente e foi capturada em um curral de pesca.

Segundo o coordenador regional da iniciativa, Eduardo Lima, o Ceará é uma importante área de alimentação para as cinco espécies encontradas no Brasil: Cabeçuda (ou Mestiça); Verde (ou Aruanã); de Pente (ou Legítima); de Couro (ou Gigante); e Tartaruga Oliva.

Tartaruga é devolvida ao mar em Itarema, no Ceará
Tartaruga é devolvida ao mar em Itarema, no Ceará

Área de crescimento e descanso

Apesar de não ser considerada um lugar de desova, a região cearense é fundamental para a manutenção das tartarugas.

“Muitos desses filhotes acabam vindo ao Ceará e depois voltam ao ponto de desova. A tartaruga Cabeçuda, por exemplo, desova na Bahia e procura a nossa costa para se alimentar. Esses animais passam três, quatro anos e voltam à Bahia”, explica Lima.

Nas praias de Almofala e Volta do Rio, no município de Acaraú, “os animais provenientes de várias áreas do Atlântico, como África, Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, México, Aves Island, Nicarágua, entre outros, utilizam a região como área de crescimento e descanso”, explica Lima.

População acaricia tartaruga antes de soltura no mar da Praia de Almofala, no Ceará — Foto: Divulgação/Projeto Tamar
População acaricia tartaruga antes de soltura no mar da Praia de Almofala, no Ceará — Foto: Divulgação/Projeto Tamar

O Projeto Tamar possui outras 26 bases espalhadas pelo Brasil. No Ceará, a unidade foi instalada em 1993, com o desafio de proteger tartarugas marinhas capturadas acidentalmente nas pescarias locais. Por ano, a base consegue retirar dos currais de pesca cerca de 400 a 500 animais.

Recuperação

Para uma das fundadora do projeto, Guy Marcovaldi, a marca de 40 milhões de animais devolvidos ao mar só foi possíveis graças ao engajamento das comunidades costeiras. “Esses animais deixaram de ser utilizados para consumo e passaram a ser queridos e admirados, graças à conscientização das pessoas sobre a importância de preservá-los”, destaca Marcovaldi.

Ainda assim, a manutenção das tartarugas na natureza é encarada como desafio, visto que, a cada mil filhotes, somente um chega até a fase adulta. “Esses estão sendo atacados por todos os cantos. A mortalidade é alta e é preciso levar isso em consideração”, ressalta o representante cearense, Eduardo Lima.

As áreas de desova dos animais encontradas no Brasil ficam no Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro. Já as áreas de alimentação e descanso estão no Ceará, São Paulo e Florianópolis.

Por G1

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