‘Nuvem de poeira Godzilla’ atinge Cuba e prejudica qualidade do ar na Flórida
A nuvem de poeira do deserto do Saara, que atravessou o Atlântico, atingiu Cuba (24) e começou a afetar a qualidade do ar na Flórida, nos Estados Unidos, na quarta-feira (24).
Alguns especialistas chamam a intensa massa de ar muito seco e com poeira do deserto africano de “nuvem de poeira Godzilla”. É um fenômeno que ocorre anualmente, mas parece ter se intensificado em 2020.
Impulsionado por ventos fortes, o pó do Saara viaja através do Oceano Atlântico do oeste da África durante a primavera no hemisfério norte.
Grande nuvem de poeira do Saara atinge o Caribe e segue em direção aos Estados Unidos
Nesta ocasião, a massa de ar seca e poeirenta percorreu 8 mil km até o Caribe e começou a encobrir desde o domingo (21) San Juan, capital de Porto Rico, que parecia envolta em uma camada de neblina.
Agora, um sistema de alta pressão empurra o pó saariano até a costa do Golfo da Flórida.
Miami
Em Miami, a qualidade do ar na quarta era considerada “moderada”, de acordo com o escritório de gestão de recursos ambientais e a secretaria de Saúde da cidade. As autoridades pedem que pessoas com problemas respiratórios permaneçam em casa.
Isto ocorre porque “o nível de material particulado indica a presença de pó saariano no condado de Miami-Dade, que pode durar até a próxima semana”, indicou um comunicado.
Cuba
Pessoas assistem ao pôr do sol enquanto uma nuvem de poeira do Saara paira no ar em Havana, em Cuba, na quarta-feira (24) — Foto: Ramon Espinosa/AP
A previsão é de que a qualidade do ar em Cuba piore nesta quinta-feira (25) e a nuvem deve continuar sobre a ilha até sexta-feira (26).
Em Havana, o fenômeno causa uma deterioração considerável na qualidade do ar, segundo relatou o cientista Eugenio Mojena à agência de notícias France Presse.
Ele explica que as nuvens de poeira são carregadas com material altamente prejudicial à saúde humana, como “ferro, cálcio, fósforo, silício e mercúrio”, além de “vírus, bactérias, fungos, ácaros patogênicos, estafilococos e poluentes orgânicos”.
Por G1
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