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Algas vermelhas e verdes intensificam degelo na península Antártica

Algas vermelhas e verdes que crescem na neve intensificam o derretimento de gelo na península Antártica, segundo um artigo compartilhado na quarta-feira (13) no The Cryosphere. A pesquisa, liderada pela Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, destaca que a proliferação de algas provavelmente aumentará na Antártida à medida que o planeta continuar a aquecer, o que agravará ainda mais o degelo sazonal, aumentando as áreas sem gelo na região.

Os pesquisadores investigaram os impactos das algas vermelhas e verdes no albedo, que é a quantidade de luz que a superfície da neve reflete de volta para o espaço, e o forçamento radiativo, que é a quantidade de energia que a superfície absorve. Como explicam, superfícies mais escuras diminuem o albedo e aumentam o forçamento radiativo, e o forçamento radiativo positivo faz com que o planeta aqueça.

“O aquecimento ao longo da península Antártica está causando mudanças drásticas na neve e no derretimento do gelo, bem como nas respostas do ecossistema”, disse Alia Khan, líder do estudo, em declaração. “Estamos vendo essas algas proliferarem em grandes áreas ao longo da costa. Os brotos podem ser tão intensos e escuros, como usar uma camiseta escura em um dia de sol, que esquentam a superfície e causam mais derretimento.”

Com aquecimento do planeta, tendência é proliferação de algas aumentar na região (Foto: Bob Gilmore)
Com aquecimento do planeta, tendência é proliferação de algas aumentar na região (Foto: Bob Gilmore)

Quando comparados com a neve limpa, os cientistas descobriram que manchas de algas verdes e vermelhas reduzem o albedo da neve em 40% e 20%, respectivamente. Essa diferença ocorre, de acordo com os estudiosos, porque as algas verdes contêm mais clorofila que as vermelhas e, portanto, absorvem mais radiação solar, reduzindo mais o albedo.

A equipe também notou que as médias do forçamento radiativo são duas vezes mais altas para manchas verdes em comparação com as vermelhas — durante a temporada de pico de crescimento, no verão austral, o aumento é de 26 e 13 watts por metro quadrado, respectivamente. No total, a proliferação de algas na área resulta em cerca de 3,7 mil metros cúbicos de neve derretida por ano.

“A Antártida já é um lugar incrivelmente bonito, e a proliferação de algas na neve adiciona uma dimensão artística extra”, disse Ted Scambos, coautor do estudo. “Mas, como tantos sistemas naturais, as mudanças climáticas estão levando as coisas a novos extremos, com algumas consequências indesejáveis. Estamos vendo que essas novas flores mais escuras e mais difundidas estão tendo um efeito indireto de degelo acelerado, um feedback que faz o gelo recuar um pouco mais rápido.”

Estudo foi liderado pela Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos (Foto: Gonzalo Barrera)
Estudo foi liderado pela Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos (Foto: Gonzalo Barrera)

Por Galileu

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