Plantas em casa: veja os erros que podem estar prejudicando as suas
Confinadas durante a pandemia, muitas pessoas se voltaram para a jardinagem. O interesse fez o setor de plantas e flores ter um crescimento de 10% no faturamento em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura.
Você foi um dos que começou (ou ampliou) a tal da “urban jungle” em casa? Então, veja abaixo os principais cuidados para mantê-la, segundo especialistas entrevistados pelo G1.
Quer saber mais? Vamos detalhar cada um dos deslizes mais comuns.
As plantas também precisam de luz, ainda que indireta, para fazer a fotossíntese. Lembra da aula de biologia? É aquele processo importante para que elas consigam armazenar moléculas de açúcar e, assim, continuem crescendo.
- Folhas escuras: têm maior capacidade de absorver a luz e, por isso, suportam mais sombra.
- Folhas claras: refletem mais a luz, o que as faz precisar de mais iluminação.
Agora, o que é sombra para você pode ser breu para a planta. Daí a dica de “testar” o local onde pretende colocá-la, verificando se você consegue ler alguma coisa ali sem precisar acender a luz.
Mesmo em vasos, as plantas precisam de nutrientes que são fornecidos por meio de adubos para crescer e se manter, conta Yamasaki. Existem dois tipos:
- Adubo orgânico: libera os nutrientes aos poucos. Portanto, deve ser aplicado em intervalos maiores, chegando até em uma vez ao ano apenas.
- Adubo químico: fornece imediatamente os nutrientes à planta. Por isso, são recomendadas aplicações a cada 15 dias ou um mês.
O engenheiro agrônomo recomenda um esperar três meses, em média, para a primeira aplicação após a compra, porque, depois desse período, os nutrientes da terra já deverão ter sido absorvidos.
É fundamental usar a quantidade indicada na embalagem, pois adubo demais faz a planta secar. Isso porque, no caso do adubo químico, são liberados sais que podem salinizar a terra e fazer com que a planta perca a água para o meio, explica Yamasaki.
É possível fazer o adubo em casa, mas eles só contam como um complemento porque cada item entrega apenas um elemento nutricional. Por exemplo, a casca do ovo tem o cálcio e casca da banana, o potássio.
Caso duas espécies de plantas muito diferentes, com necessidades opostas, sejam colocadas no mesmo vaso, uma pode competir com a outra, o que acarretaria no desenvolvimento de uma em detrimento da outra, conta o engenheiro agrônomo Gaspar Yamasaki.
Assim como móveis e objetos, as folhas das plantas acumulam pó e isso pode prejudicá-las, porque ele funciona como uma barreira ao sol, atrapalhando a fotossíntese.
Então, sim, tem que faxinar a planta. Mas basta passar um pano levemente umedecido em cada folha, delicadamente, ou jogar água, simulando uma chuva. Com isso, elas ficarão mais brilhosas e saudáveis, conta Yamasaki.
Além de tirar o pó, algumas plantas precisam ter as folhas arrancadas por estarem muito velhas e secas. Mas é preciso ter cuidado para não tirar muitas e antes da hora, pois, enquanto as folhas estão ligadas às plantas, estão participando do processo de fotossíntese e são importantes, alerta o engenheiro florestal Murilo Soares.
Não deixe o vaso escondido: é importante deixá-lo em um lugar (e altura) onde seja visto todos os dias, para não acabar esquecendo de regar e tomar outros cuidados.
Também é preciso evitar deixar perto do ar-condicionado, que é inimigo das plantas, de acordo com Soares, porque “sequestra” a umidade do ar, fazendo a planta secar.
Se não tiver como fugir dele, não a coloque diretamente sob o vento e borrife água nas folhas três vezes por semana para manter a umidade, aconselha o engenheiro florestal.
Mudanças repentinas de ambiente também não são recomendadas, como ficar trocando a planta de cômodo. Isso pode estressá-las e fazer com que a imunidade dela caia. Por consequência, ela vai parar de crescer e vai poder ser afetada por pragas e doenças mais facilmente.
Por G1
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