Ilha britânica inabitada está cheia de elásticos que aves confundiram com comida
Para visitar a ilha inabitada Mullion Island, no Reino Unido, é preciso ter autorização das autoridades ambientais locais. Ainda que a atividade humana seja controlada por lá, a ilha tem ficado cada vez mais lotada de elásticos e ninguem sabia explicar o motivo — até agora.
Segundo comunicado da National Trust, organização britânica de conservação ambiental, a razão é que os itens são levados por aves marinhas que pensam que os elásticos são comida.
Os alcatrazes-comum (Larus marinus) se alimentam em plantações no continente, onde as faixas elásticas são usadas para amarrar caules de flores. Uma vez que encontram os elásticos, os confundem com minhocas e voam para a ilha com os objetos na boca. A mesma situação acontece com a gaivota-prateada (Larus argentatus).
Pedaços de rede de pesca e barbante também foram descobertos entre os materiais não digeridos pelas aves. Provavelmente esses itens estavam na superfície do mar e os bichos podem ter pensando que eram peixes.
“Lugares como Mullion Island devem ser santuários para nossas aves marinhas, por isso é angustiante vê-las se tornando vítimas da atividade humana”, disse Rachel Holder, guarda florestal da National Trust.
De acordo com a organização ambiental, o número de alcatrazes-comum caiu 30% nos últimos anos, enquanto a gaivota-prateada está na lista de espécies ameaçadas do Reino Unido.
Para a National Trust, uma forma de evitar esse problema com os elásticos é que as empresas fiquem mais atentas na hora de descartar plásticos e outros materiais que podem causar danos à vida selvagem.
Por Redação Galileu
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