Desmatamento destruiu 8% da Amazônia em 18 anos, revela estudo
Um estudo da Rede de Informações Socioambientais Georreferenciadas da Amazônia (RAISG) concluiu que o desmatamento destruiu 8% da Amazônia entre 2000 a 2018.
O estudo, divulgado nesta terça-feira (8), mostra que 513 mil km² foram perdidos nesse meio tempo — o equivalente a uma área maior do que a da Espanha. Nos últimos anos, houve ainda uma aceleração nessa perda: “A Amazônia está muito mais ameaçada do que há oito anos”, disse a RAISG em um comunicado. “O desmatamento acelerou desde 2012. A área anual perdida triplicou de 2015 a 2018”, constatou o estudo. Só em 2018, 31,2 mil km² de floresta foram destruídos em toda a região, o pior número anual desde 2003.
O Brasil, que abrange cerca de 62% da Amazônia, é o principal responsável pelos danos ao bioma: foram 425 km² perdidos no território brasileiro.
Segundo o estudo, a falta de políticas públicas de preservação, principalmente no governo de Jair Bolsonaro, faz acelerar essa situação. De julho de 2019 a julho de 2020, o desmatamento na Amazônia brasileira atingiu o pico de 11 mil km², o maior em 12 anos, de acordo com a agência espacial brasileira, que analisa imagens de satélite para rastrear a perda florestal. Esse número equivale a um aumento de 9,5% em relação ao ano anterior, quando o desmatamento atingiu um o recorde de mais de uma década.
Enquanto isso, Bolsonaro é alvo de críticas de ambientalistas e da comunidade internacional por cortar fundos para programas de proteção da floresta tropical e fazer pressão para abrir terras protegidas para o agronegócio e mineração. É preciso lembrar que a falta de áreas verdes atinge toda a população, já que é uma das principais causadoras das mudanças climáticas e perda de animais silvestres.
Por Revista Galileu
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