Com app que monitora incêndios, alunos da Unesp são selecionados para maratona da Nasa
Cinco alunos da Unesp em Bauru (SP) foram selecionados para uma maratona de programação da Nasa com o projeto de um aplicativo capaz de monitorar focos de incêndio em tempo real e ajudar a encontrar soluções mais rápidas para o combate deles.
Para ser selecionado, o grupo teve que participar do hackathon Nasa Space Apps, uma competição online que tinha como objetivo resolver desafios relacionados aos desastres naturais. O programa contou com a participação de 26 mil pessoas de todo o mundo e 2,3 mil projetos foram submetidos.
No Brasil, 150 equipes participaram e a dos alunos da Unesp, chamada de GAIA Enterprise, concorreu ao lado de outros 10 grupos na região de Ribeirão Preto, vencendo em 1º lugar.
A partir disso, os estudantes de Bauru foram selecionados para a disputa internacional com outras 400 equipes. Os seis melhores projetos vão ter a chance de conhecer o Space Kennedy, na base de lançamento do Cabo Canaveral, e o resultado será divulgado em dezembro.
O projeto
A equipe GAIA Enterprise é composta pela Alessandra Goulart Custodio, estudante de ciências biológicas, pelos estudantes Felipe Scola Froes e Paulo Henrique Rodrigues Sanchez, de física, pelo Pedro Luiz Cason Caldato, estudante de ciência da computação e o bacharel em ciências de dados, Bruno Henrique Conterato.
De acordo com a equipe, dezenas de notícias sobre incêndios são publicadas diariamente e, observando esse problema, surgiu a ideia de criar o Fingertip Fire App.
Com app que monitora incêndios, alunos da Unesp Bauru são selecionados para maratona da NASA — Foto: GAIA Enterprise/Divulgação
O aplicativo vai fornecer informações e alertas sobre queimadas para moradores para que eles possam agir e reportar as ocorrências.
Para isso, o grupo utilizou técnicas de análise de dados de agências espaciais da Nasa e do INPE para fazer um algoritmo que coleta focos de incêndio em tempo real e que relaciona dados históricos e condições climáticas.
Com essa comparação, segundo a equipe, é possível prever se a queimada foi causada de forma espontânea ou por ação humana.
De acordo com o grupo, a ideia é difundir o propósito de cuidar da natureza, despertando senso crítico da leitura de dados climáticos e dar suporte as autoridades ambientais para que possam promover ações de educação ambiental.
O projeto ainda não está desenvolvido e tem apenas arquivos do programador. Agora, o grupo busca incentivos, sejam por meio de engajamento social para divulgação e conscientização da importância de denunciar queimadas, assim como investimentos financeiros.
Por G1
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